21 dezembro 2010

Mamãe o que é “o natal”?

Pois é, tive esse papo sério com a Teresa hoje. Porque até então ela achava que Natal era luzinha, brilho, papai Noel. Via a decoração natalina e falava “olha mamãe, ‘o natal’!”. Quando veio a pergunta, demorei alguns segundos para pensar no que responderia e mandei “natal é o aniversário de Jesus”. Porque de aniversário criança entende, né? É uma data muito importante para elas, tem festa, tem presente. “Quem é Jesus, mamãe?”, vixe, começou a complicar... “Jesus foi um homem que viveu há muito tempo, filha.” Antes que ela perguntasse mais coisas emendei “ele era um cara legal, já morreu, mas nós continuamos a comemorar o aniversário dele”. Por ora, ela se contentou.
Esse caso me fez pensar sobre o que devemos falar ou não para os nossos filhos. A verdade, claro. Mas algo que eles possam entender. Por sorte, ou por nunca termos reforçado esse aspecto, o natal para as minhas filhas ainda não está associado ao consumismo desenfreado, a comilança exagerada, nada disso. É apenas uma época em que a cidade fica mais enfeitada (cada ano mais over e brega...) e que rolam uns presentes. Mas escolhemos dar coisas que elas estejam precisando. Ainda não tem essa de pedir presente de natal, ufa! Como também aproveitamos para fazer aquela limpeza de final de ano, já rola um papo de separar o que não usam mais, dar para quem precisa, etc. E como gosto cada vez mais de reunir a família, não só nessa, mas em todas as datas possíveis (oficiais ou não), é isso que espero que elas aprendam. O natal é mais uma oportunidade para estarmos com as pessoas queridas.
Aos queridos todos, uma feliz reunião nesse natal!

13 dezembro 2010

Está aberta a temporada de férias, e agora?

Chegou! Hoje, é o primeiro dia das longas férias de verão. Para as crianças, claro. A mãe tem é trabalho dobrado nessa época do ano, que por si só já é um caos. Um milhão de eventos, compras de natal, trânsito infernal e calor, muito calor.
Tenho amigas arrancando os cabelos, pensando em como ocupar o dia da garotada. Quando eu era pequena, meus pais despachavam eu e meu irmão para a casa da vovó em Olinda e só voltávamos depois do carnaval. Delícia absoluta, época de subir no pé de manga, andar descalça e brincar com os primos. Como nem todos tem essa opção, o negócio é pesquisar cursos de férias (a maioria das escolas oferece, em janeiro), oficinas e programação cultural pela cidade. Mas sem enlouquecer, porque os pequenos tem direito ao ócio, a falta de horário e a quebra da rotina!
Revistas e jornais já estão divulgando atividades para essa época do ano, como a Veja SP. Mães amigas, força na peruca e boas férias para os nossos filhotes!

Catorze cursos para crianças que vão passar dezembro e janeiro em SP - VEJA SP

30 novembro 2010

Checklist da mãe que vai viajar

Compra gigante de supermercado para deixar a casa abastecida - ok
Lista com telefones para caso de emergência – ok
Farmácia - ok
Tias, dindas e avós acionadas – ok
Depilação, manicure – ok
Trabalhos finalizados - ok
Banco – ok
Roteiro de viagem - ok
Táxi para levar e buscar a filha na escola – pendente
Deixar instruções, por escrito, para a babá – pendente
Táxi para o aeroporto – ok
Mala – pendente
Bateria da máquina fotográfica - ok
Beijar e abraçar muito as filhas para não morrer de saudade – em curso

Faltam poucas horas para a primeira vez que vou passar uma semana longe das minhas filhas. A parte prática da viagem está toda resolvida, conforme o checklist acima. Organizar as coisas me ajuda a preparar o coração para a distância. Tenho certeza de que as meninas vão ficar super bem. Elas já tem uma programação intensiva para a semana, que inclui até acampamento na casa da avó com os primos. Vai ser uma farra!
Pra mim, vai ser ótimo também. Estou precisando de descanso! Sair da rotina, namorar o marido, ver coisas belas...
Agora, deixa eu ficar agarradinha com as minhas filhotas, fazendo um estoque do cheirinho delas!
Até a volta!

24 novembro 2010

A culpa nasce com a mãe

É fato, até eu me tornar mãe eu não sabia o que era culpa. Juro. Claro que eu achava que sabia. Por exemplo, tinha combinado um café com uma amiga que tinha acabado de levar um fora e desmarcava em cima da hora. Ficava me sentindo culpada. Mas, quando me tornei mãe, nossa, percebi na hora que tudo não passava de brincadeira perto da tal culpa materna. Esse sentimento toma conta da gente nos momentos mais banais, tipo: a criança dá um espirro. A mãe logo pensa: “putz, não devia ter lavado o cabelo dela hoje, deixei tomar sorvete, mãe má, mea culpa, mea máxima culpa”. Ou você, mãe amiga, está numa TPM monstra e sem paciência alguma com o filho: “como eu sou péssima, o que a criança tem a ver com os meus hormônios? Mea culpa, mea máxima”... A essas culpas cotidianas a mãe contemporânea ainda acrescentou outras mais existenciais. Que mulher hoje, não se sente culpada por passar muito tempo longe dos filhos, se dividindo entre suas várias funções? Ou seja, sentimos culpa por tudo e por nada, como se esse sentimento fosse parte indissociável da maternidade.
Fico tentando imaginar a origem disso. Tenho certeza de que virar mãe é um grande divisor de águas. Antes, por mais que você achasse que não, era você, seu umbigo e pouco mais. Quando nasce o filho você se torna responsável pelo ser mais precioso do mundo, aquele pelo qual você nutre um amor incondicional e por quem, de bom grado, daria a vida. O outro lado da moeda é a tal culpa. Se qualquer coisa dá errado, e muitas vão dar, é como se estivéssemos falhando no papel mais importante da nossa vida. Mas lembrem-se, fazemos sempre o melhor que podemos! É impossível poupar nossos filhos dos sofrimentos da vida, até porque eles têm que crescer.
Amigas, teremos que conviver com isso. Faz parte do pacote. Quando a próxima culpa lhe tomar de assalto, pare, respire, aceite e siga em frente!

18 novembro 2010

És um senhor tão bonito, quanto a cara do meu filho

Hoje, minha filha caçula faz dois anos. Eu fico me perguntando como passou tão rápido. Outro dia ela estava dentro da minha barriga e agora corre pela casa, fala tudo e ano que vem vai pra escola. Não deveria ser uma surpresa, já que a primeira está maior ainda e mais independente. Mas é que mãe é mãe, né? Inevitável pensar que elas caminham rumo a independência. Ainda bem que a coisa é gradativa, a gente vai se acostumando, vai cortando o cordão umbilical de pouquinho em pouquinho: quando nasce, desmama, vai pra escola...
Quando virei mãe mudei totalmente minha vida profissional para poder ficar mais perto das pequenas e exercer o novo papel o mais plenamente possível. Não imaginava deixá-las num berçário, ou com uma babá o dia todo. Maravilhada com a maternidade, pensei: “vou ficar com elas enquanto elas quiserem ficar comigo”. Porque é fato, os filhos vão crescendo, precisando menos da proteção da nossa asa, até que chega a adolescência e, se bem me lembro, é oi e tchau! Durante esse processo, temos que nos adaptar as demandas das crianças, mas sem perder de vista que elas vão crescer! Isso significa não esquecermos, nem por um minuto, que ao nos tornarmos mães, não deixamos de ser um indivíduo. Temos que continuar alimentando nossos sonhos, cultivando as amizades, investindo em conhecimento. Porque acredito mesmo que quanto mais integras e felizes formos, melhores mães seremos.

Esse post é pra Julieta, que faz 2 anos hoje. Ela é super independente e uma garota de atitude! Aprendo com ela todos os dias da nossa vida. Filha, vai que o mundo é teu!

10 novembro 2010

A criança e o consumo

Elas fazem 3 anos e começam com um papo de compra isso, compra aquilo. Mamãe me dá isso, EU QUERO!
Eu mesma quando pequena achava que cheque era uma coisa mágica... Quando eu pedia alguma coisa e meu pai falava que não tinha dinheiro eu logo mandava: “dá cheque, ué!”. O similar de hoje é o cartão. E ainda tem caixa eletrônico. Imagina que coisa mágica para a criança uma máquina que você enfia um pedaço de plástico e solta dinheiro!
Pra piorar, nossas crianças estão inseridas em uma sociedade de consumo barra pesada. É só assistir a qualquer canal infantil para se impressionar com a quantidade de propaganda, de lançamento de brinquedo, de lanche que dá brinde, etc. Para os pais fica realmente difícil, com tanto apelo, manter o mantra “ser é melhor que ter”. Mas é muito importante iniciar essa educação financeira o quanto antes. Nossos filhos não podem crescer achando que vão morrer se não tiverem todos os desejos atendidos. E também vão valorizar muito mais seus brinquedos e objetos se souberem que nosso dinheiro não dá em árvore, que dá um trabalho danado (literalmente) para ganhar.
Por tudo isso, acho que temos que conversar abertamente com os pequenos sobre esse tema. Fazer acordos e combinados também vale. A criança pede uma coisa que viu na TV? Primeiro cabe aos pais avaliar se o produto é adequado e se a criança está precisando. Depois é partir para a negociação. Tem alguma data especial se aproximando? Deixe para dar nessa ocasião. Resgatar a importância de poupar também é muito legal. Tá valendo cofrinho de porquinho, poupança no banco, o que for. Assim elas começam a curtir já o processo: juntar dinheiro, esperar a tal data e então, que delícia, finalmente ganhar o presente! E por último, exemplo é tudo, né? Só podemos ensinar aquilo que praticamos.

03 novembro 2010

Viva o pai de hoje!

Eu acho um privilégio poder criar minhas filhas com a participação total do pai. Na verdade, eu já tive um pai assim. Quando meus pais se separaram eu tinha uns 4, 5 anos. Nos finais de semana que passávamos com o papai ele cuidava da gente, dava banho, fazia comida. Não esqueço dele preparando torta de frango para fazermos piquenique no parque Ibirapuera. Mas vamos combinar que hoje isso é muito mais comum do que na minha infância.
Até pouco tempo atrás o homem acreditava que seu papel como pai era o de chefe de família e provedor das coisas materiais. Ou seja, nascia o filho e era hora de trabalhar mais do que nunca para botar comida em casa, proporcionar estudo, lazer, etc. Trocar fralda, colocar pra dormir, ir na reunião da escola, tudo isso era papel da mãe, mesmo quando essa também trabalhava. Mas isso está mudando e hoje já tem pai que fica em casa cuidando dos filhos enquanto a mulher trabalha. Outro avanço é o fato de que em caso de separação, antes era óbvio que a criança ficasse com a mãe, mas hoje a guarda compartilhada é super comum. Ou seja, pais e mães tem os mesmos deveres na criação dos filhos e oportunidade de igual convivência com eles.
Os homens não só estão convivendo mais com os filhos como também estão se preocupando mais com a sua educação. Outro dia meu compadre estava falando de um texto da Roseli Sayão sobre limites. Achei tão legal que ele tivesse lido e estivéssemos ali conversando sobre o assunto! Assim como acho o máximo quando algum amigo homem comenta um post desse blog. Sem dúvida todos ganham com esse novo modelo de paternidade. As mães conseguem dividir a trabalheira física e emocional que é cuidar de criança, o pai pode desenvolver um vínculo muito mais profundo com a criança e a criança, essa ganha mais que todo mundo. Tem a oportunidade de ter uma criação muito mais equilibrada, recebendo o modo feminino e o masculino de educar e dar carinho.
Não posso terminar esse post sem reconhecer publicamente que o pai das minhas filhas é o máximo! O pai dele, mais tradicional, foi um provedor excelente, mas nunca trocou uma fralda na vida. Já o Ricardo, além de ser muito amoroso com as filhas é pai pra toda obra. Acorda cedo, dá café da manhã pras meninas, se precisar dá banho, cuida mesmo. A única coisa que ele não faz é escolher a roupa que elas vão usar. Mas isso é detalhe, né?

28 outubro 2010

Mãe de menina(s)

Quem é mãe de menina sabe. Lá pelos 3 anos elas ficam perdidamente apaixonadas pelo pai (sim, Freud explica). É bem na fase em que elas também estão vivendo no mundo encantado das princesas. Tudo é rosa, glitter e babado, de preferência juntos. Nas brincadeiras de faz de conta, elas são a Fiona, o pai o Shrek, ou são a Bela Adormecida e o príncipe Felipe. Claro que as mães entram na brincadeira. Sobra pra gente o papel do burro, da bruxa ou da feiticeira. É bem verdade que, depois que carreguei nas luzes californianas do meu cabelo e fiquei quase loira, ascendi socialmente e virei a rainha (aliás, esse tema rende outro post sobre o que anda no imaginário das nossas menininhas...). Eu não sei quanto dura essa fase, talvez a vida toda. Mas, para me sentir menos enciumada, lembro que eu também sempre fui enamorada pelo meu pai. E, como acho que escolhi um pai maravilhoso para as minhas filhas, me consolo acreditando que elas estão construindo um arquétipo masculino bacana. Isso vai ser muito útil quando a adolescência chegar - aquela época em que temos o dedinho podre e adoramos ficar com uns trastes, que nos fazem sofrer e chorar rios de lágrimas – porque elas saberão procurar um cara legal pra chamar de seu.
Mas eu ainda não desisti de ter o meu menininho não, viu? Quando ele tiver uns 5 anos, vai virar pra mim e perguntar: “mamãe, quando é que você vai se separar do papai e casar comigo, hein?”. Sim, uma amiga minha ouviu isso do filho.

21 outubro 2010

Criança com sono

Quem nunca foi uma criança chata com sono que atire o primeiro travesseiro! Gente, tem coisa mais irritante e irritada do que uma criança com sono?? E desde que nascem, os bichinhos lutam para não se entregarem aos braços de Morfeu. Por quê? Uma coisa tão boa dormir... Mal sabem elas que nunca mais na vida poderão dormir na hora em que der sono, isso é dádiva de criança. Para os nenéns bem pequenos a hora é conhecida como Ave Maria. Lá pelas 6 da tarde começam a chorar, chorar e só param no peito, ou no colo. E dá-lhe balançar o neném, ninar, cantar. Vão crescendo, mas a luta continua! Você percebe que o momento drama está chegando quando a criança fica beeem agitada. Faz birra, reclama de tudo. As vezes perdemos a paciência, damos uma bronca e a criança chora. Ou a criança está no auge da maluquice e se machuca, chora. Depois daquela chorada, elas finalmente dormem. Mas é óbvio que é muito melhor não entrar na pilha da criança, nem cair nas provocações. Eu, que nunca consegui seguir aqueles manuais que pregam que a criança deve chorar até dormir, para aprender a dormir sozinha, desenvolvi alguns truques. Rotina é fundamental! Vai dando a hora da Ave Maria a criança tem que tomar um banho, colocar o pijama e jantar. Mas, vejam bem, antes da fase crítica chegar. Tudo isso já vai sinalizando que o dia está acabando. Depois é escovar os dentes e ver um pouquinho de TV, escutar uma historinha... E muito importante! Nunca diga para a criança: “fulano, você está assim porque está com sono”. É a senha pro grito: “não tô NÃO!”. Minha filha de 3 anos pode estar caindo de sono, mas diz, “mamãe, eu vou só relaxar um pouquinho”. Aqui em casa a santa rotina tem dado certo e amigos se surpreendem com o fato das minhas filhas dormirem às sete e meia, oito da noite. Eu dou graças a Deus, porque, confesso, a essa hora minha paciência já está bem curta e eu quero mais é jantar com o meu marido, tomar um vinho, babar nelas dormindo como uns anjinhos e me preparar para um novo dia de correria. Como o de toda mãe contemporânea!

13 outubro 2010

Uma criançada dá menos trabalho do que uma criança

Minha mãe sempre defendeu a tese que dá título a esse post. Antes de ter filhos eu me perguntava como seria possível que um monte de crianças desse menos trabalho do que uma só. Pois foi só me tornar mãe para começar a perceber na prática essa matemática maluca. Quando tive minha primeira filha, e olha que ela foi única só por 1 ano e 9 meses, nem sempre fazíamos programas adaptados para crianças. Muitos amigos ainda não tinham filhos e muitas vezes ela era a única enfante do pedaço. Resultado, tinha que ter sempre um adulto, ou vários, e de preferência a mãe, dando atenção e brincando com ela. Quantas vezes me vi sentada no chão, exercendo essa função enquanto os outros adultos conversavam, bebiam e comiam? Já quando encontrávamos com nossos sobrinhos, nos eventos familiares, uma mágica acontecia: passávamos longos períodos sem ver nem ouvir a garotada.
Quando nasceu minha segunda filha, constatei também que o trabalho e os gastos aumentam mas não dobram. Veja só: a casa já está adaptada para crianças, as viagens são montadas pensando em diversão para toda a família e o time de ajudantes já está operando. A nova criança chega e já entra na rotina estabelecida. E aquela velha história de que onde comem 3 comem 4 é verdadeira. Não sei até onde essa progressão funciona já que só tenho duas filhas. Mas já estou no lucro porque, agora, está acontecendo uma coisa muito legal, as meninas já conseguem brincar juntas e se entreter sem a interferência de gente grande.
Nesse feriado, mais uma vez a conta fechou direitinho. Programamos encontros com amigos que tem filhos e no domingo, por exemplo, 7 crianças de variadas idades brincavam juntas numa boa enquanto os pais botavam os assuntos em dia.

08 outubro 2010

Por um Dia das Crianças diferente

Está chegando mais um dia das crianças e um frenesi toma conta das pessoas! Desde setembro estamos sendo massacrados pelo mercado publicitário. É lançamento de brinquedo, pacote de viagem, programas os mais diversos. Quase tudo envolve dindin, muito dindin. Fui ali dar uma pesquisada na origem da data. Parece que foi criada em 1920, por um político, mas só em 5 de novembro de 1924, através de um decreto, o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança. Tudo bem, até aí era uma homenagem aos miúdos. Mas em 1960, a fábrica de brinquedos Estrela e a Johnson & Johnson decidiram fazer uma promoção para aumentar suas vendas (ahá!), lançando a “Semana do Bebê Robusto”. O resto vocês já sabem, né? Desde então, dia das crianças virou sinônimo de consumo. Com certeza nossos pequenos vão ganhar montes de coisas, porque, mesmo se não damos, tem sempre os tios, avós e amigos para presentea-las. Sem querer me alongar em discussões filosóficas, queria propor um dia das crianças diferente. A idéia é: para cada brinquedo novo que entrar, um sai. O mesmo vale para as roupas. Dá pra fazer como se fosse uma gincana bem animada! Acho um jeito ótimo de ensinar algumas coisas às crianças:
• organizar e arrumar os brinquedos e roupas;
• separar o que ainda serve e interessa;
• consertar o que tem conserto;
• treinar o desapego desde já, doando o que não usam mais.

Vamos lá?

07 outubro 2010

A vida secreta das crianças

Ontem, foi reunião de pais na Recreio, escola da Tetê, minha filha de 3 anos. Foi muito legal, encontramos outros pais, conversamos e ainda comemos uma pizza que as crianças tinham preparado especialmente para nós. Também pudemos ver os trabalhos que elas estão desenvolvendo, muitas fotos e vídeos. E assim descobrimos que elas tem todo um mundo do qual nós, pais, não fazemos parte! E não é uma questão de não querer participar, é um limite que a própria criança impõe. Eu me organizei para levar e buscar minha filha todos os dias na escola. Entro com ela, converso com as professoras e na saída sempre pergunto o que ela fez durante a tarde, muitas vezes a resposta é: “é segredo mamãe!”. Assistindo aos vídeos vejo uma menina bem mais independente e segura. Dá pra ver que as crianças de 3 anos já argumentam, respeitam combinados, fazem alianças com outras crianças para conseguir um objetivo. Ou seja, estão exercitando seu papel na coletividade. Estão virando cidadãos! No relato das professoras novas surpresas. Teresa, que em casa, só toma suco de uva, na escola prova outros sabores. Até suco de limão a danada toma! Outros pais também se surpreenderam com seus filhos. Eram comuns comentários do tipo “mas em casa ele não faz isso sozinho”, “eu não sabia que ela já lia o nome”, etc.
Claro que a reunião acabou e eu continuei matutando sobre o assunto. Acho muito positivo que as crianças possam ter o ambiente de casa, onde tem uma atenção mais exclusiva e se percebem como indivíduos, mas ao mesmo tempo, são bem mais mimadas. E acho fundamental o ambiente da escola, onde elas aprendem a compartilhar, atuar em grupo e tem menos espaço para manhas. Por isso é tão importante estabelecer uma parceria com a escola. Não devemos delegar o que é de nossa responsabilidade, mas temos que respeitar o trabalho desenvolvido nesse outro ambiente. E assim podemos continuar nos surpreendendo com os nosso filhotes e morrendo de curiosidade sobre suas vidas secretas!

04 outubro 2010

A importância de ter um tempo só pra você

Mães amigas, está provado que nós mulheres somos polivalentes. Ou seja, temos essa capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo, e na maioria das vezes, sem prejuízo de qualidade. Agora mesmo, enquanto escrevo esse post, tenho uma filha no colo e outra me perguntando com que letra começa essa ou aquela palavra. Ufa! Essa habilidade tem nos feito conquistar cargos de chefia, dar conta de jornadas triplas (trabalho, casa, filhos) e faz parte da nossa vida. Mas, ás vezes, é preciso desligar o botão da divindade onipotente, onisciente e onipresente que nos habita para apenas sermos.
Acabei de fazer isso no fim de semana e foi muito bom. Desde que me tornei mãe, há 3 anos e meio, foi a primeira vez que viajei e passei duas noites fora. Recomendo muito! Durante dois dias pude ser um indivíduo que dorme 7 horas seguidas, come comida quente e na hora em que tem fome, não precisa ter resposta para tudo, pode ler e, principalmente, luxo dos luxos, não fazer nada! Ah, e aproveitei para namorar e conversar bastante com o meu marido, sem interrupções, concluindo frases e pensamentos, redescobrindo também como é ser um casal. É claro que fiquei com saudades das meninas, pensei em alguns momentos que seria legal que elas estivessem com a gente, coisa e tal. Mas, na maior parte do tempo, consegui curtir bastante e relaxar. Elas? Ficaram muito bem, obrigada! Quando voltei, encontrei-as saudáveis e felizes. Foram mimadas pela avó e pelos tios e tias, que adoraram a oportunidade de cuidar um pouco da nova geração da família. Para mim, foi um teste e um treino bem sucedido. Perceber que damos conta de desempenhar tantos papéis, sendo que o de mãe é dominante, não exclui a importância de nos cuidarmos e de alimentarmos nossa individualidade. Acho que isso nos faz até mães melhores.

01 outubro 2010

As crianças e esse mundo muderno


Correndo o risco de parecer uma mulher das cavernas, devo confessar que ainda fico espantada com a facilidade com que as crianças de hoje mexem no computador, no ipod, nos celulares. Parece que elas já nasceram sabendo um monte de coisas, ou como diz minha irmã, já vieram equipadas com um chip. Fico me perguntando se em algum momento isso vai criar um abismo entre nossas gerações. Será que vamos falar a mesma língua? Li outro dia, no caderno de informática da Folha, que antes o que separava uma geração da outra eram 10 anos. Agora, as tecnologias mudam tão rápido que dois anos já podem significar um generation gap. Como tenho a desculpa de ser geminiana, posso ficar dividida: um lado meu acha que é isso mesmo, que é um caminho sem volta e que temos que deixar a criançada usar e abusar das parafernálias todas. O outro tem dúvidas quase existenciais, tipo minhas filhas vão saber escrever à mão? Vão ter contatos interpessoais ou só virtuais? Porque é verdade que acho uma graça ver minha filha de 1 ano e 8 meses dominar um iphone, assim como fico toda derretida vendo a de 3 e meio tirar fotos incríveis com a máquina digital. Mas, quando eles crescem um pouco mais, e passam um aniversário inteiro jogando video game em vez de brincar, como presenciei outro dia, já acho meio muito, sabe? Qual será o caminho do meio nesse mundo muderno?
A propósito, as fotos que ilustram esse post foram tiradas pela Teresa, a filha de 3 e meio supracitada.

29 setembro 2010

Crianças light

Estou as voltas com questões de alimentação infantil, vide meu post anterior, falando sobre como as crianças de dois anos não comem e ontem, na academia, duas frases fizeram com que um alerta soasse na minha cabeça. Estava fazendo uma aula e comentei com uma colega que ela havia emagrecido. Ela então me disse que estava em um regime super rigoroso e logo depois soltou: “agora que eu e meu marido estamos de dieta, meu filho só quer tomar suco light, acredita?”. Não, não acredito! Detalhe, a criança em questão ainda não completou 4 anos. Depois, fui para o vestiário tomar banho e presencio a seguinte cena: uma menina, de 7, 8 anos, sobe na balança e pergunta “mãe, será que eu preciso emagrecer?”, a mãe dá uma olhada no visor e diz “é, um pouquinho, né?”. Gente, pra mim, a menina parecia absolutamente normal! Na hora, minha vontade era abraçar a criança e levar pra minha casa, juro. Resultado, passei o dia pensando sobre esses tempos malucos que estamos vivendo. Já basta a mídia mostrar o tempo todo que o bonito é ser magra, loira, blábláblá. Nós, mães, temos outro papel. Queremos filhos saudáveis, de bem com a vida e com a própria imagem? Então vamos mostrar que brincar e praticar uma atividade física é mais legal do que ficar vendo televisão e jogando video game. Também vamos ensiná-los a comer de forma equilibrada, com prazer e sem culpa! E, principalmente, não vamos passar as nossas neuroses para os pequenos. Não podemos esquecer que o exemplo é a melhor forma de educar. Se só falamos e pensamos em dietas, é claro que as crianças, que são umas esponjinhas, vão achar que esse é um tema que também lhes diz respeito. E é por isso que os consultórios estão cada vez mais cheios de crianças com disturbios alimentares como bulimia e anorexia.

27 setembro 2010

As crianças de dois anos não comem!

Você, mãe amiga, já deve ter passado por isso, ou vai passar. Seu bebê comia super bem, devorava as papinhas, lambia os beiços. Lá pelos dois anos começa a não querer isso, não querer aquilo, sendo que as principais vítimas são os alimentos verdes... Como se mantém trelando e cheio de energia é um mistério da natureza. E é nessa hora que todas nós viramos uma mãe à moda antiga. Ficamos desesperadas, afinal, criança saudável é criança gorda, cheia de dobrinhas, né?
Pois eu estou passando pelo calvário pela segunda vez. Sendo que a minha primeira filha não foi nem um bebê que comia bem. Uma vez, ela devia ter um ano e sete meses, eu já estava barrigudona da minha segunda filha, e ela teve uma gripe. Ficou 9 dias, eu disse 9!, em que o único alimento que entrava era um danoninho! Nem preciso dizer que quase enlouqueci. Se você está passando por isso, calma! Aqui vão algumas dicas que podem funcionar com o seu filho:
• Fazer as refeições em família, adultos e crianças juntos, criando um ritual para a hora da comida.
• Levar os pequenos ao supermercado e à feira para que se familiarizem com os alimentos. Dá trabalho, mas você pode falar sobre a origem dos alimentos, a cor, modos de preparo...
• Quando apresentar um alimento novo, oferecer à criança várias vezes, se num dia ela não quiser, pode aceitar em outro e aí, bingo!
• Deixe a criança explorar o alimento, sua textura, comer com as mãos. Faz parte do processo!
• Em casos mais radicais, se a criança já está na escolinha, deixá-la almoçar lá, com os amiguinhos, pode ser uma boa. Sabe com é, santo de casa não faz milagre e criança adora imitar outra. Vai que tem um amiguinho glutão, daqueles que comem até jiló?
Também passei por vários pediatras. Uma me disse que nenhuma criança com oferta de comida morre de inanição. Outro, esse se autodenominava o Hitler dos pediatras (medo!), disse que, se a criança não comer o prato de comida em 20 minutos, deve-se retirar o alimento e não dar n-a-d-a até a próxima refeição. Ou seja, nada de praticar a modalidade de almoço nômade, aquela em que ficamos correndo atrás da criança pela casa, até a comida já estar gelada. E a terceira, que me pareceu mais razoável e estou com ela até hoje, acolheu minha preocupação, mas me fez ver que o mais importante nossas crianças têm de sobra, amor. É isso, aos dois anos elas se alimentam de amor!

24 setembro 2010

Fim de semana chuvoso + crianças = mãe maluca

Pois é, meu povo, parece que teremos um fim de semana de chuva em São Paulo... Mas vejam bem, não é porque São Pedro resolveu desaguar (até agradecemos, pro ar ficar mais limpinho, né?) que nossas crianças terão menos energia para gastar. Então, bora lá pensar em programas legais e abrigados!
Eu já tinha ouvido falar do Aquário de São Paulo, mas nunca tinha ido. Resolvemos a questão no fim de semana passado. Minhas filhas adoraram. A diversidade de espécies é bem grande, tem até tubarão e pinguim! Uma parte meio bizarra é a dos dinossauros, mas com grande potencial para agradar a molecada. Acho que diverte crianças de várias idades e até os pais. Outra opção bacana é conferir a programação dos SESCs. Fico impressionada com a qualidade e variedade de opções. São exposições, oficinas, shows e peças teatrais. E tem unidades espalhadas por todo o Brasil. Se for cair num shopping, pelo menos que seja para levar os pequenos ao teatro ou ao cinema. Se ainda não viram, recomendo muito o filme Ponyo, Uma amizade que veio do mar. É do mesmo diretor de A viagem de Chihiro. Lindo, poético e emocionante. Amigas mães de outros estados, sintam-se em casa para passar suas dicas também! Um beijo e bom fim de semana de chamego com as crias e os queridos.

23 setembro 2010

Ter filhos é como fazer uma tatuagem no rosto

O dia hoje amanheceu especial. É primavera para todo mundo e no meu universo mais particular é aniversário do Ricardo, meu marido. Fizemos um café da manhã gostoso, com bolo e as nossas filhotas cantando parabéns. O aniversariante, que é crítico de cinema, tinha que assistir a uma cabine (sessão de um filme, feita antes de sua estréia, para jornalistas) e fui junto. O filme era "Comer, Rezar, Amar", baseado no livro de Elizabeth Gilbert. Pra quem não leu o livro, um parênteses com um resuminho. Quando a autora completou 30 anos, tinha o pacote completo que a mulher americana moderna, bem-educada e ambiciosa deveria querer: um marido, uma casa de campo, uma carreira de sucesso. Para todo mundo o passo natural seria ter filhos, mas ela não se sentia feliz. Pediu o divórcio, caiu em depressão e passou um ano viajando ao redor do mundo em busca de equilíbrio. Fecha parênteses. Logo no começo do filme, Elizabeth, interpretada pela Julia Roberts, está com uma amiga que tem um bebê e lhe pergunta como ela descobriu que queria ser mãe. A amiga lhe mostra uma caixa que tem embaixo da cama, com vários objetos referentes ao mundo da maternidade, livros, artigos e roupinhas (eu era assim!). Está claro que ela sempre sonhou com isso. Na sequência, diz: "ter filhos é como fazer uma tatuagem no rosto". Saí da sessão refletindo sobre isso. Sim, filho é para sempre, não podemos enjoar, desistir, largar. Há que ter coragem, vontade e segurança para ter. Não existe ex-mãe. Pelo menos hoje em dia, nós mulheres, temos a liberdade de optar por ter ou não filhos. As que decidem não ter ainda enfrentam estranhamento, muitos esperam o tal do pacote completo "quem casa, quer casa, quer filhos". Mas é cada dia mais comum mulheres que bancam a decisão. E não será o mundo um lugar muito melhor quando só por vontade e por amor nascerem crianças?

22 setembro 2010

A mãe e seus ajudantes

Está lá a rodinha de mães conversando na festinha. Daqui a pouco uma pergunta: “alguém tem uma babá pra me indicar???” Comigo, acontece direto! Aliás, acho que a mãe contemporânea está sempre trocando esse tipo importantíssimo de informação. Claro, porque para continuarmos trabalhando, produzindo, freqüentando, precisamos de gente para nos ajudar. Foi-se o tempo em que as avós ficavam com as crianças. Hoje, e esse é o meu caso, as avós trabalham e têm vida social. No máximo quebram um galho no fim de semana, quando combinamos com bastante antecedência pra não atrapalhar nenhum programa. E aí surge a figura da babá. Confesso que já mudei muito de opinião a esse respeito. Quando nasceu minha primeira filha, eu cuidava dela sozinha. Já tinha passado de uma faxineira, duas vezes por semana, para uma empregada que ia todos os dias, mas ela ficava só até as 4 da tarde. E eu não deixava ela fazer nada para a minha filha, achava que não podia delegar os cuidados àquele ser tão precioso. Eu ia na feirinha de orgânicos, fazia a comida, dava banho, trocava. Levava ela para todos os lugares, do supermercado à obra da loja que ia abrir. A bichinha vivia dentro do carro pra cima e pra baixo. Quando engravidei da segunda, eu já tinha aberto a loja da Mini Humanos e logo percebi que ia ter que incrementar o esquema de ajudantes. Ainda assim, só quando ela fez dois meses contratei outra empregada. Detalhe, nenhuma das duas dormia. Depois de uns meses, vencida pelo cansaço, me rendi, e uma delas passou a dormir. E estamos assim até hoje. E vou contar pra vocês que durante o tempo que estou em casa, mesmo com duas ajudantes, não paro um minuto. Certamente não vão me encontrar na chaise long, tomando um drinque e lendo um livro. É mais provável que eu esteja mesmo é dando comida pra uma ou banho na outra, ou contando historinha. Porque criança dá trabalho sim, braçal, mental e emocional! Hoje, acho super normal contar com essa ajuda. Acho que isso me torna uma mãe melhor, mais paciente. Além do que, é essencial poder dar uma saidinha com o marido, encontrar as amigas pra botar o papo em dia... Mas é claro que nem todo mundo pode pagar por essa ajuda, ou tem espaço em casa pra acolher mais essa figura (tenho uma amiga que teve que desfazer o escritório para servir de quarto pra empregada). Com as questões filosóficas também muito me debati, sei que só ainda em países como o Brasil, com seu passado escravocrata, é que temos a figura da empregada que dorme. Mas, aí minha gente, entra o bom senso, a carteira de trabalho assinada e o respeito por esse profissional. No meu caso um agradecimento muito especial à Dedi e à Cléo, minhas superajudantes!

Parte prática do post gigante. Como fazer para encontrar uma boa babá ou empregada? Bom, se você não tem indicação de uma amiga, o mais seguro é recorrer a uma agência. Claro que não é garantia absoluta, mas elas entrevistam ex-patrões, pesquisam antecedentes criminais e algumas até oferecem cursos de capacitação. O trabalho deles é separar algumas profissionais com o perfil procurado, para que você entreviste. Durante o processo de seleção use a intuição, ela existe! Se o santo bater, você pagará à agência o equivalente a um salário e terá 3 meses de experiência antes de assinar a carteira de trabalho. Se no dia a dia a coisa não rolar, a agência encaminha outra pessoa. Conheço a Prendadas e a Prendas Domésticas. Mas existem outras por aí. Para isso também vale a indicação de outra mãe amiga!

21 setembro 2010

Essa é a casa da Flor

Desde que o mundo é mundo as mulheres se reúnem para trocar idéias, receitas, falar, reclamar da vida e se apoiar mutuamente. Imagina lá na época em que éramos nômades, os homens saíam para caçar e nós devíamos ficar em volta da fogueira, grávidas, ou amamentando, ou cuidando dos filhos. Durante todo o tempo devíamos falar muito, né? Hoje, continuamos fazendo isso ao vivo, graças a Deus, mas como a mãe contemporânea também tem que sair pra caçar, nosso tempo ficou mais escasso para o téte-a-téte e ganhamos um novo espaço, que é o mundo virtual. Daí resolvi materializar esse blog, que começou a ser escrito mentalmente, quando me tornei mãe. A experiência mais complexa da vida e que, ao mesmo tempo, me traz as questões mais banais, diariamente. Sim, porque nos tornamos mães, mas não deixamos de ser profissionais, mulheres, amigas, donas de casa, esposas, filhas. O tempo parece pouco pra tanta coisa e o coração pequeno pra tanto amor.
Esse espaço é pra você que compartilha essa jornada. Mãe, pai, ou mesmo quem só tem sobrinho, filho de amigo... É pra discutir a lei da cadeirinha e também trocar dicas sobre aquele restaurante super legal pra levar criança. Resolvi compartilhar de forma mais organizada o que já venho fazendo informalmente há tempos. Como sou sócia de uma das lojas da Mini Humanos e sócia fundadora do Circuito Vilinha, venho conversando e trocando experiências sobre a maternidade cotidianamente. Conheço pessoas e histórias incríveis. Não sou especialista em nada, mas mergulhei nesse universo e sou apaixonada por ele. Entre e fique a vontade, essa é a casa da Flor.
Agradecimentos mais do que especiais:
Ao Ricardo Calil, meu marido e pai maravilhoso, que batizou o blog.
E à Clarice, minha irmã caçula querida, que fez a cara dele.