03 novembro 2010

Viva o pai de hoje!

Eu acho um privilégio poder criar minhas filhas com a participação total do pai. Na verdade, eu já tive um pai assim. Quando meus pais se separaram eu tinha uns 4, 5 anos. Nos finais de semana que passávamos com o papai ele cuidava da gente, dava banho, fazia comida. Não esqueço dele preparando torta de frango para fazermos piquenique no parque Ibirapuera. Mas vamos combinar que hoje isso é muito mais comum do que na minha infância.
Até pouco tempo atrás o homem acreditava que seu papel como pai era o de chefe de família e provedor das coisas materiais. Ou seja, nascia o filho e era hora de trabalhar mais do que nunca para botar comida em casa, proporcionar estudo, lazer, etc. Trocar fralda, colocar pra dormir, ir na reunião da escola, tudo isso era papel da mãe, mesmo quando essa também trabalhava. Mas isso está mudando e hoje já tem pai que fica em casa cuidando dos filhos enquanto a mulher trabalha. Outro avanço é o fato de que em caso de separação, antes era óbvio que a criança ficasse com a mãe, mas hoje a guarda compartilhada é super comum. Ou seja, pais e mães tem os mesmos deveres na criação dos filhos e oportunidade de igual convivência com eles.
Os homens não só estão convivendo mais com os filhos como também estão se preocupando mais com a sua educação. Outro dia meu compadre estava falando de um texto da Roseli Sayão sobre limites. Achei tão legal que ele tivesse lido e estivéssemos ali conversando sobre o assunto! Assim como acho o máximo quando algum amigo homem comenta um post desse blog. Sem dúvida todos ganham com esse novo modelo de paternidade. As mães conseguem dividir a trabalheira física e emocional que é cuidar de criança, o pai pode desenvolver um vínculo muito mais profundo com a criança e a criança, essa ganha mais que todo mundo. Tem a oportunidade de ter uma criação muito mais equilibrada, recebendo o modo feminino e o masculino de educar e dar carinho.
Não posso terminar esse post sem reconhecer publicamente que o pai das minhas filhas é o máximo! O pai dele, mais tradicional, foi um provedor excelente, mas nunca trocou uma fralda na vida. Já o Ricardo, além de ser muito amoroso com as filhas é pai pra toda obra. Acorda cedo, dá café da manhã pras meninas, se precisar dá banho, cuida mesmo. A única coisa que ele não faz é escolher a roupa que elas vão usar. Mas isso é detalhe, né?

2 comentários:

  1. Pais de todo mundo, Zumbi-vos!!
    bjs
    renato
    www.diariogravido.com.br

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  2. Flor, se voce adora quando um amigo homem deixa um comentário, entao aquí vai um: adorei seu blog! Pela correria maluca do trabalho ainda nao tinha visto. Muito legal e bem escrito. Parabens.

    Sem dúvida, a tarefa da criacao deve ser algo conjunto. O proprio pai ganha muito com isso, e faz tambem que o filho nao veja ele como uma figura distante. Me orgulho de acumular kilometros de fraldas trocadas do Pedro -ainda que nao sejam tantos como os da mae-. Mas "caballito loco" só eu que faco!

    Beijos!
    O compadre.

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