20 setembro 2011

Mãe, esse ser chato ou Educar dá trabalho mesmo!

"Recolha os brinquedos do chão", "não fala de boca cheia", "peça por favor", "diga obrigada", "não implique com a sua irmã". Eu às vezes me sinto um disco (nossa, disco é das antigas, hein?) quebrado, repetindo sempre as mesmas frases, várias vezes ao dia. Muitas vezes me ouço repetindo essa ladaínha e me acho muito chata, insuportável mesmo.
Na verdade, eu gostaria de ficar só falando coisas fofas e carinhosas para as minhas filhas o tempo todo, fingir que não vejo as traquinagens e mal feitos. Mas não tem jeito. Mãe tem que educar e educar dá um trabalhão. E as crianças aprendem pela repetição e, claro, observando os adultos, principalmente os pais. De nada adianta ficar pedindo pra criança dizer a tal palavrinha mágica, se nós mesmos não usarmos o por favor, obrigada, agradecida, bom dia, como vai?.
Hoje, lendo um artigo (só para assinantes do UOL) da Rosely Sayão, que versava sobre isso, me bateu de novo esse questionamento. Será que é possível educar sem ser tão chata? Eu não quero delegar a educação das minhas filhas à ninguém, nem à escola. E tenho horror de criança mal educada, que não pode frequentar os lugares, sabe? Por outro lado, passo muitas horas do meu dia trabalhando, longe das meninas. Quando chego em casa, lá pelas 8 da noite, morrendo de saudade, é hora de botar pra dormir, lendo uma histórinha. E não é que antes disso, tem sempre a parte "educativa": "arrumem os brinquedos", "vamos escovar os dentes", "chega de bagunça", "já pra cama!".
No fim de semana, quando o convívio é mais intenso, a porção mãe chata dobra! É quando podemos observar como estão os hábitos à mesa, o trato com as pessoas, etc. E vou confessar, saio do fim de semana bem cansada, mas com sensação de missão cumprida (pelo menos em parte, porque essa função não vai acabar nunca, né?).
Mas ainda sonho com uma forma de educar mais suave e menos chata. Quem tiver a dica, que compartilhe!

06 setembro 2011

Costurando com as filhotas!

Tive uma manhã deliciosa, costurando com as meninas! Sim! Descobri a Love Blankie, um ateliê que dá aulas de costuras para crianças. Gente, é um barato! Tetê e Cuca chegaram lá e logo piraram com a quantidade de tecidos e possibilidades de combinação entre eles. Tetê escolheu um floral marrom e laranja e combinou com um xadrezinho laranja (tem bom gosto a danada!). A Cuquinha gostou de um tecido de bonecas, que tinha bastante amarelo e turquesa e fez a composição com um tecido amarelo de bolinhas coloridas, ficou bem divertido. Como elas ainda são bem pequenas, escolhemos fazer um modelo simples: tomara que caia, com faixa na cintura e um babado na barra do vestido. Elas começaram cortando o tecido. Na verdade, rasgando, né? Parte que a Cuca adorou! Depois, hora de ir para a máquina costurar. A "professora" vai segurando o tecido e o papel das crianças é acelerar o pedal da máquina. Depois, ajudam a passar elástico, virar as faixas, uma farra. E quando a roupa ficou pronta, a cara delas foi impagável, um misto de orgulho com sorriso de princesa já se imaginando dentro do vestido.
Não preciso dizer que adorei e fiquei com vontade de passar o dia todo lá, costurando e conversando, o que deve ter um efeito bem terapêutico, né? Pra quem se animar, descobri que as mães também podem marcar hora - com amigas, melhor ainda - e se aventurar pelo mundo das agulhas, linhas e passamanarias. Qualquer sábado destes eu vou!
A descoberta deste ateliê veio bem a calhar. Dona Teresa está numa fase super consumista, todo dia é a mesma ladainha: compra isso?, quero aquilo!, você não trouxe nenhum presente hoje!. Foi legal levar a pequena para um lugar onde é possível fazer a própria roupa, ver o tempo que isto leva, que dá trabalho, mas também muito prazer e realização. Acho que é um bom jeito de ensinar o valor das coisas. E quanto valor agregado tem uma roupa que ela ajudou a fazer, não?