22 setembro 2010

A mãe e seus ajudantes

Está lá a rodinha de mães conversando na festinha. Daqui a pouco uma pergunta: “alguém tem uma babá pra me indicar???” Comigo, acontece direto! Aliás, acho que a mãe contemporânea está sempre trocando esse tipo importantíssimo de informação. Claro, porque para continuarmos trabalhando, produzindo, freqüentando, precisamos de gente para nos ajudar. Foi-se o tempo em que as avós ficavam com as crianças. Hoje, e esse é o meu caso, as avós trabalham e têm vida social. No máximo quebram um galho no fim de semana, quando combinamos com bastante antecedência pra não atrapalhar nenhum programa. E aí surge a figura da babá. Confesso que já mudei muito de opinião a esse respeito. Quando nasceu minha primeira filha, eu cuidava dela sozinha. Já tinha passado de uma faxineira, duas vezes por semana, para uma empregada que ia todos os dias, mas ela ficava só até as 4 da tarde. E eu não deixava ela fazer nada para a minha filha, achava que não podia delegar os cuidados àquele ser tão precioso. Eu ia na feirinha de orgânicos, fazia a comida, dava banho, trocava. Levava ela para todos os lugares, do supermercado à obra da loja que ia abrir. A bichinha vivia dentro do carro pra cima e pra baixo. Quando engravidei da segunda, eu já tinha aberto a loja da Mini Humanos e logo percebi que ia ter que incrementar o esquema de ajudantes. Ainda assim, só quando ela fez dois meses contratei outra empregada. Detalhe, nenhuma das duas dormia. Depois de uns meses, vencida pelo cansaço, me rendi, e uma delas passou a dormir. E estamos assim até hoje. E vou contar pra vocês que durante o tempo que estou em casa, mesmo com duas ajudantes, não paro um minuto. Certamente não vão me encontrar na chaise long, tomando um drinque e lendo um livro. É mais provável que eu esteja mesmo é dando comida pra uma ou banho na outra, ou contando historinha. Porque criança dá trabalho sim, braçal, mental e emocional! Hoje, acho super normal contar com essa ajuda. Acho que isso me torna uma mãe melhor, mais paciente. Além do que, é essencial poder dar uma saidinha com o marido, encontrar as amigas pra botar o papo em dia... Mas é claro que nem todo mundo pode pagar por essa ajuda, ou tem espaço em casa pra acolher mais essa figura (tenho uma amiga que teve que desfazer o escritório para servir de quarto pra empregada). Com as questões filosóficas também muito me debati, sei que só ainda em países como o Brasil, com seu passado escravocrata, é que temos a figura da empregada que dorme. Mas, aí minha gente, entra o bom senso, a carteira de trabalho assinada e o respeito por esse profissional. No meu caso um agradecimento muito especial à Dedi e à Cléo, minhas superajudantes!

Parte prática do post gigante. Como fazer para encontrar uma boa babá ou empregada? Bom, se você não tem indicação de uma amiga, o mais seguro é recorrer a uma agência. Claro que não é garantia absoluta, mas elas entrevistam ex-patrões, pesquisam antecedentes criminais e algumas até oferecem cursos de capacitação. O trabalho deles é separar algumas profissionais com o perfil procurado, para que você entreviste. Durante o processo de seleção use a intuição, ela existe! Se o santo bater, você pagará à agência o equivalente a um salário e terá 3 meses de experiência antes de assinar a carteira de trabalho. Se no dia a dia a coisa não rolar, a agência encaminha outra pessoa. Conheço a Prendadas e a Prendas Domésticas. Mas existem outras por aí. Para isso também vale a indicação de outra mãe amiga!

4 comentários:

  1. Eu aproveito o tema para perguntar. A gente deve avisar uma amiga sobre uma conduta "esquisita" da sua babá??? Nunca passei por isso. Mas na rua sempre vejo coisas esquisitíssimas. Tipo, babá gritando com criança, fumando, ... Ai, dá um aperto... beijos Maísa

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  2. Flor, bom dia.
    Bem-vindo seu blog! Depois da maternidade - Nina tem um ano e quatro meses - ando às voltas com as novidades desse mundo de família, com todas as delícias e as dores que ele tem. Bom ter esse espaço de conversinhas.
    Nesse momento, exatamente às voltas com a procura de uma doméstica, porque a nossa nos deixou na mão na hora mais complicada dos últimos tempos, já que estou terminando a tese de doutorado. Mas moro em BH e não posso usar a "Prendas domésticas", infelizmente. Conheço, aqui, agência de babá, à qual já recorri (se alguém precisar, passo o contato). Será que alguém me ajuda com uma indicação daqui?
    Maísa, quanto à sua questão, responderia que sim. Eu, pelo menos, ficaria imensamente grata a uma amiga que me alertasse desse tipo de comportamento inadequado. Tem coisas que só acontecem longe da gente. Mas, se acontecem, é preciso saber!
    Abraços.
    Miriam

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  3. Oi, queridas, bem vindas a minha casa virtual! Maísa, com certeza eu avisaria se visse uma babá com atitude suspeita. Mas é fundamental que a mãe fique atenta a sinais. Por exemplo, a criança demonstra medo da babá, não fica confortável com ela? São indícios importantíssimos. A mãe também tem que estar algum período junto da criança e da babá para perceber como funciona a relação. Tem muita babá que agrada excessivamente a criança, com medo de perder o emprego e isso também não é legal. Mas é fato que se eu descobrisse que uma babá maltratou uma filha minha ficaria louca da vida! Sem dúvida é uma relação delicada!
    Miriam, espero que as mães amigas de BH se manifestem e te passem uma indicação legal. Estou torcendo para que encontre logo uma ajudante, sei como faz falta! Beijocas

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  4. Oi Flor,

    Desde que o Chicão nasceu tinha uma babá maravilhosa, a Néia.
    Infelizmente ela saiu para tentar crescer e trabalhar em um negócio próprio com o marido.
    Nunca tive problemas em delegar responsabilidades para ela, como banho, comida, até horário de brincadeiras, já que trabalhava em empresa e tinha um horário não muito flexível.
    Toda essa confiança aconteceu graças a boa índole da Néia e um curso que mandei ela fazer.
    Resumindo a Néia era a segunda mãe dos meus pqnos.....
    Tanto que qdo ela saiu, meu mundo caiu e até hj não consegui colocar ninguém no lugar dela, a solução foi colocar os meninos em tempo integral na escola, que morro de dó, mas eles curtem.
    A ajudante é muito necessária e nos deixa com paciência para as coisas boas. Além de ajudar a diminuir a culpa, pela falta de tempo que tinha para dedicar aos meninos.
    Enfim, ainda bem que existem as anjas da guarda da família.
    BJKS!

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