26 janeiro 2011

Mini fashionista não, né?

Não sei quanto a vocês, mas quando eu era pequena não tinha essa história de escolher roupa não. A mãe comprava, vestia e pronto. E comprava duas vezes por ano, inverno e verão. Mas aí inventamos de sermos mães democráticas, de ouvir a opinião das crianças e lascou-se, está surgindo uma geração de mini fashionistas (está aí a Suri que não me deixa mentir). Medo.
Tenho um posto avançado de observação por ser sócia de uma loja infantil, a Mini Humanos. É bem verdade que os nossos clientinhos são muito legais, fazem combinações incríveis e realmente têm atitude. Dá gosto ouvi-los, perceber a lógica infantil na hora de se vestir e ver as misturas que eles propõe. Mas algumas mães entram na loja desesperadas relatando que a filha não quer mais usar calça, só saia. Detalhe, é inverno e está super frio. Outra diz que a filha só quer usar rosa. Outra que o filho só usa uma camiseta que lava e volta pro corpo, lava e volta pro corpo... Assim também não dá, né?
E aí me pego pensando em qual seria o caminho do meio. Não dá para obrigar uma criança a vestir o que ela não quer. Mas deixá-la com todas as escolhas do mundo deve gerar uma angústia danada (aliás, Roseli Sayão escreveu um artigo ótimo sobre isso ontem, no caderno Equilíbrio da Folha).
Aqui em casa tenho usado a “liberdade com limites”. Sim, eu deixo minhas filhas escolherem o que querem vestir. Mas coloco duas opções sobre a cama, já adaptadas ao clima e a ocasião em que as roupas serão usadas. Dentro desse universo, elas podem optar. E claro, tem artigos que são vetados e nem entram aqui, como sapatinhos de salto e essas roupas que deixam as meninas parecendo anãs.
Aproveito esse post para recomendar a leitura do blog da querida amiga Ivy, que entende tudo de moda infantil. É o bloguinho.
E viva criança vestida como criança!

2 comentários:

  1. muito medo de anãs de salto e maquiagem, flor!!
    bjos!

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  2. Estou de acordo com "seu caminho do meio", a criança precisa de parâmetros e limites para que se sinta segura. O "poder tudo" pode geral uma insatisfação generalizada.
    BjãOO

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