04 janeiro 2011

Viajar com criança

Acabamos de chegar de uma semana de férias com as meninas, em Angra. Bem, viajar com criança não é bem tirar férias, né? A bagunça começa na arrumação da mala. Haja tralha pra levar. Uma cota de brinquedos (incluindo bóias, baldes, e afins), alguns livrinhos, roupas de frio e calor porque o tempo está cada vez mais doido... Comida, porque é sempre bom garantir o que já sabemos que elas comem. O porta malas foi lotado. E todos os outros espaços do carro também. Chega a hora da estrada. O bom é que como minhas filhotas ainda são pequenas, em pouco tempo estão dormindo. Garante pelo menos umas 2 horas de sossego. Mas a viagem é longa e tivemos que parar para almoçar. Caos. Cada uma corre para um lado. Essas paradas grandes na estrada são cheias de atrativos: canecas de gosto duvidoso, quilos de bichos de pelúcia e toda a sorte de guloseimas coloridas. Conseguimos sentar na mesa, o garçom demora para atender, as meninas brigam pra ver quem senta no cadeirão e querem batata frita, claro. Come-se uma comida bem meia boca. Fila para pagar enquanto tentamos segurar as mãozinhas que querem pegar tudo. Ufa! Conseguimos colocá-las no carro. Seguimos pela estrada, mas agora elas estão bem acordadas e lá vamos nós cantando, inventando brincadeiras e torcendo pelo pozinho do pirlimpimpim. Não seria ótimo um teletransporte toda vez que tivéssemos que viajar com crianças? Oba! Chegamos! Descarrega toda a trecaiada embaixo de chuva. Abre a casa que a amiga querida gentilmente emprestou. Hora de fazer um reconhecimento do lugar. Vixi, tem varanda, tem um monte de taça, almofadas claras no sofá. Risco potencial de várias coisas se quebrarem. Resolvo tirar de circulação alguns objetos. Para outros serve o mantra “não mexe nisso!”. Claro, porque acho que as crianças tem que aprender a se comportar em qualquer ambiente e principalmente na casa dos outros. Se não, viram criaturas que não podem freqüentar. Ah, e essas não poderiam ser minhas filhas, não!
Mas nem tudo é sacrifício. O lugar é lindo, com uma vista maravilhosa. Criança e mar é uma combinação gostosa (santas boinhas!). E sair da rotina é bom. As crianças vão almoçar um pouco mais tarde, jantar macarrão quase todo dia (pra alegria delas), vão ficar de biquíni o dia todo. Os pais vão curtir a felicidade dos filhos, poder ficar junto, sem ter que sair pra trabalhar e serem recompensados com muitos carinhos e abraços. Uma hora elas dormem, exaustas, e podemos comer em paz, tomar nosso vinho apreciando a vista e o barulho do mar. Nesses momentos de convivência intensa é que percebemos como as crianças estão crescendo e se desenvolvendo. O saldo é positivo claro, só não dá pra chamar de descanso! De volta, o desafio me parece ainda maior. Como lidar com toda a energia da garotada em São Paulo, com chuva?

Um comentário:

  1. queridona, adorei. viajar com crianças é mesmo uma epopeia. que vale muito cada segundo, mesmo que voltemos com a sensação de que corremos uma maratona. e sem babá pelo meio, o que é mais recompensador ainda, na minha opinião. beijocas. rê (ainda barriguda!)

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