17 outubro 2011

O futuro não é mais como era antigamente

"Mamãe, isso é de antigamente?" Agora, ouço essa pergunta e variantes, muitas vezes ao dia. É que a turma da Teresa está participando de um projeto chamado "Em outros tempos", na escola.
O projeto é muito legal. Toda semana um vô ou vó dá um pulinho na classe para contar aos pequenos do que brincavam quando eram crianças. É até gozado, a pessoinha de 4 anos está totalmente encantada com os brinquedos de ontem, como bonecas de pano, 5 marias, iô-iô, pião e bolinha de gude. Também fazem muito sucesso brincadeiras de rua: passa-anel, cabra-cega, esconde-esconde, dono da rua, amarelinha, pular corda. E as brincadeiras de rua eram na rua mesmo! Não dentro da escola ou dos condomínios.
Os avós também contam que antigamente havia venda e quitanda, as casas tinham quintal e as ruas eram bem mais sossegadas. Tetê já percebeu que o mundo mudou bastante desde o tempo desses relatos. Também está super atenta a fotos P&B ("são de antigamente, né mamãe?").
Eu aproveito o gancho para frear um pouco a sede consumista das minhas filhotas. Se dá para fazer bola de meia para jogar futebol, como contou um avô, pra que comprar uma? Não é um barato poder brincar só com o próprio corpo e poucos apetrechos improvisados? As avós brincavam com bonecas de pano e usavam as coisas da casa para brincar de casinha. Certamente não tinham uma super cozinha de plástico, que tem pia que sai água de verdade. Mas quem precisa disso para se divertir??
Não é que eu esteja saudosista, mas que o mundo era mais simples, áh isso era! E não precisa ir até o "tempo dos avós", minha infância foi mais simples também. É que o mundo está acelerado e às vezes é difícil lidar com essa nova geração Z (bem essa, dos nossos filhos), os nativos digitais. Tudo rápido, mudando a todo instante, muita liberdade virtual e pouca real.
Então, quando aparece um projeto como este da escola, fico feliz com essa oportunidade que Teresa está tendo de conviver com os avós (os dela e os dos amiguinhos). Eles são como uma biblioteca, cheios de conhecimento e amor pra dar. Quem teve a sorte de conviver com os seus, sabe! Além do carinho incondicional que eles têm pelos nossos filhos, como não se sentem na obrigação de educar e dar limites, mimam à vontade!
Aproveito o post para dizer que Tetê e Cuca são muito felizardas no quesito avós. Ontem mesmo, estavam em casa com a minha mãe, que foi nos render para que pudéssemos sair, eu e Rico, para jantar romântica e sossegadamente a dois! Pra mim, quando elas estão com a minha mãe, estão com Deus, fico realmente sossegada.

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